Você sabe o que é preconceito etário e como combatê-lo?
Vivemos a revolução da longevidade e já comentamos muito por aqui sobre o papel de pessoas acima de 50 anos nos grupos familiares. A aceleração do envelhecimento e o crescente número de idosos comparado aos mais jovens, evidencia que nossa pirâmide etária está sendo invertida.
Entretanto, mesmo com números que comprovem que as pessoas estão envelhecendo cada vez mais ativas, estamos em um sociedade que se acostumou com a imagem de idosos inválidos e que são excluídos de muitas funções pela idade, mesmo ainda dispostos a continuar.
Estamos falando do preconceito etário, também chamado de etarismo, idadismo ou ageismo. Essa prática consiste na discriminação de pessoas pela idade e é fruto de crenças como a de que pessoas mais velhas são frágeis, possuem a saúde debilitada, não conseguem cuidar de si mesmo, entre outros.
Esse é um estereótipo de pessoas com mais de 50 anos criado quando ter acesso a saúde, por exemplo, era ainda mais difícil do que os dias atuais, e essas características existiam nos mais velhos. Portanto, agora é necessário difundir que a longevidade é uma realidade, mostrando a importância da presença dessas pessoas na educação e no mercado de trabalho.
Como o preconceito etário acontece?
Em 2020, os mais velhos ganharam destaque com a chegada do Coronavírus, criando ainda mais uma ideia de fragilidade e impulsionando o etarismo. Mas, o preconceito acontece o tempo todo e em todo lugar, é claro que há lugares em que é ainda mais escancarado, como no mercado de trabalho.
A idade ainda pesa muito no currículos, seja por ser jovem demais e não ter experiência ou velho demais para começar um novo projeto. Enganam-se as empresas que fazem a manutenção desse preconceito, desconsiderando que unir duas gerações trará frutos com mais experiência e inovação.
Assim como ocorre com diferentes tipos de preconceito, o etário acontece quando pessoas são excluídas sem qualquer outro critério que não seja a idade. Entretanto, ao contrário dos outros, quando praticado o etarismo, o preconceito é direcionado a nós mesmos, pois todos iremos envelhecer e teremos que continuar passando pelas mesmas situações.
Como combatê-lo?
Para segurar a participação de pessoas mais velhas, existe o Estatuto do Idoso, definido pela Lei Federal, de nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que prevê uma série de normas com vistas a proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa, como o direito a inclusão e interação em atividades que incluam outras gerações, assim como determina que é dever de todos assegurar que não haja preconceito e discriminação.
Há outras formas, como disseminar informações pertinentes ao tema, oferecer qualificação a essa população, gerar emprego, valorizar a experiência e o conhecimento. Assim como, fazer com que empresas valorizem a inclusão, esse pode ser um diferencial unindo experiências, idades, diferentes olhares, e gerando soluções e produtos criativos.
O preconceito etário não é apenas uma questão social que depende de políticas públicas, ele necessita do posicionamento da população, pois todos iremos envelhecer. Assegurar o bem estar de outros agora, é garantir o seu no futuro, por isso, precisamos olhar o envelhecimento como algo positivo e importante.
Existem muitas empresas que apoiam a diversidade e entendem a importância de contratarem pessoas maduras, como a 50Mais que realiza seus processos com pessoas majoritariamente acima de 50 anos.
Ou também a MaturiJobs que reúne oportunidades em diferentes áreas para ofertar, assim como o Educa + Brasil que oferece qualificação gratuita ao mais velhos. Reunimos algumas dicas sobre recolocação no mercado de trabalho, clique aqui para conferir!
Envelhecer é uma realidade, e a luta contra o preconceito etário precisa começar a partir dos mais jovens. E para mais conteúdos sobre a vida após os 50 anos, acesse 50mais.com.br
